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Mantinha do Ego

Pequenos retalhos que cobrem o alvorecer de dois quotidianos...

Mantinha do Ego

Pequenos retalhos que cobrem o alvorecer de dois quotidianos...

16.05.19

Estrelas como nós


Lúcia Costa

Há estrelas que guiam. Que levam à descoberta. Que iluminam os dias, não sendo, para isso, relevante saber o que são, como são, quem são, o que fazem, o que dizem ou se são estrelas anãs ou a Estrela da Manhã. Se pertencem a uma nebulosa ou à Via Láctea. Se brilham na sua quietude ou rebentam na imensidão do universo.

 

Uma estrela brilha só por si. Basta estar visível, mesmo que já não exista. Todas constituem um dos momentos mais belos oferecido pela mão na Mãe Natureza. Todas pertencem ao céu estrelado, cintilando numa noite sem luar ou num local distante dos afazeres da vida moderna. Ocasião difícil de reproduzir, mesmo se tomarmos como referência a belíssima pintura de Van Gogh. Nada é comparável à visão do nosso olhar.

 

Todavia, na imensidão do cosmos, existem muitos tipos de estrelas: há aquelas que se auto-intitulam, e que alguns de nós seguem por todo o lado, cegamente, como se fossem a estrela-guia, perdendo, muitas vezes a noção das bonitas estrelas que nos ladeiam sem serem ostensivas e sem sugarem para elas toda a atenção, e todo o nosso ser. No fundo, estas auto-estrelas são pessoas como nós. Com as mesmas necessidades, preocupações, preconceitos, responsabilidades e desamores. Ou então não, e são seres que brilham apenas para eles. Qualquer que seja a situação, tomemos o livre-arbítrio iluminado à luz do céu...

 

Há também aquelas estrelas que, com o constante passar do tempo a uma velocidade desgovernada, entram no esquecimento e que só lhes damos valor quando temos de escolher um lugarzinho especial lá no alto do céu. E olhamos para elas todas as noites, sentindo tanta falta de quando habitavam entre nós. Às vezes, escorre uma finíssima gota pela face, nunca sabendo se é pela saudade, se pela beleza do espaço...

 

E, por último, não poderiam faltar as estrelas que somos nós e que, mesmo sem sabermos, iluminamos a vida de alguém. Esse brilho é parte do infinito céu, da fantástica beleza, do celestial amor que habita a nossa matizada vida...

Saltemos  da cadeira a olhemos o céu, talvez consigamos descobrir maravilhas no silêncio que nos é retribuído, no olhar que projetamos, no cintilar do infinito...

 

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Nota: O tema deste post foi sugerido por João Costa. Obrigada!

 

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